Robôs: empresa chinesa faz primeira entrega em massa
A China acaba de entregar um sinal bem claro sobre o futuro do trabalho. A UbTech Robotics, uma das gigantes do setor de robótica, fez a primeira entrega em massa de robôs humanoides para fábricas. Não é teste, não é protótipo, não é demonstração em feira. É entrega real, para operação real, em ambiente industrial. A empresa afirma ter enviado centenas de suas unidades modelo Walker S2 para parceiros industriais.
Os clientes incluem nomes de peso do setor automotivo e da manufatura na China como BYD, Geely Auto, Volkswagen, Dongfeng Liuzhou Motor e Foxconn. Os robôs vão trabalhar em tarefas de linha de montagem e logística, em ambientes onde humanos normalmente ficam em pé por horas, em ciclos repetitivos.
Esse movimento não é isolado, e faz parte de uma transformação global cujo tamanho já impressiona. Segundo estimativas do Morgan Stanley, o mercado de robôs humanoides deve atingir US$ 3 bilhões em 2025, subir para US$ 24 bilhões em 2030, alcançar US$ 211 bilhões em 2035, atingir US$ 1 trilhão em 2040, avançar para US$ 3 trilhões em 2045 e finalmente chegar a US$ 5 trilhões em 2050.
Quando uma empresa chinesa começa a entregar robôs em escala, e quando as projeções mostram uma curva tão acentuada, a leitura é simples: esse mercado não é só promissor, ele é inevitável. Os robôs vão ocupar espaço nas fábricas, nas operações e nos serviços, abrindo uma nova lógica de produtividade. E, como sempre, quem entender esse movimento antes do resto vai capturar as melhores oportunidades.
A UbTech abriu a porteira. A próxima década vai mostrar quem está preparado para atravessá-la. Eu fui testemunha ocular disso, estive na sede da UbTech há 1 mês e vi exatamente o modelo de robô que foi entregue agora.


