Elétricos já são 1/5, OpenAI compra Fintech, IPO do PicPay e Data Centers no Espaço
Bom dia! Hoje é 13 de outubro. Nesse mesmo dia, em 1972, a Atari lançava o jogo Pong. O game se tornaria o primeiro sucesso comercial da história dos videogames, marcando o nascimento da indústria de entretenimento eletrônico.
1/5 do mercado automotivo já é elétrico
Segundo o levantamento da InsideEVs, os veículos 100% elétricos e híbridos plug-in já representam 18% de todas as vendas globais de carros novos. Foram 9,5 milhões de unidades vendidas até agosto, com a China respondendo por 56% desse total e a Europa por 23%.
É um salto expressivo, dado que há apenas cinco anos essa fatia global era inferior a 3%. Enquanto o mundo acelera, o Brasil ainda engatinha nessa transição. Por aqui, os elétricos e híbridos plug-in somaram 3,4% das vendas no mesmo período, um crescimento relevante, mas que ainda está muito abaixo da média global.
Isso significa que o país vende, proporcionalmente, cinco vezes menos veículos eletrificados do que a média mundial. Entre os fatores que explicam essa diferença estão os altos preços, a infraestrutura limitada de recarga e a ausência de políticas públicas robustas de incentivo.
Em contrapartida, montadoras começam a reagir: BYD, GWM, Toyota e CAOA Chery estão investindo pesado em produção local e novas fábricas, o que pode reduzir custos e acelerar a adoção da tecnologia.
OpenAI será um banco?
A OpenAI comprou a fintech Roi, uma startup americana de investimentos que usava inteligência artificial para recomendar aplicações, rastrear portfólios e executar trades automatizados. Com essa aquisição, a OpenAI adiciona ao seu portfólio uma camada prática de finanças inteligentes.
A movimentação revela um plano mais ambicioso: posicionar o ChatGPT como um assistente financeiro completo, capaz de analisar gastos, sugerir investimentos e oferecer orientações personalizadas com base em dados reais. O aprendizado da Roi pode ajudar a transformar o ChatGPT em algo próximo de um “consultor de bolso”, combinando a análise de mercado com o estilo conversacional que o tornou popular.
Ao mesmo tempo, esse passo coloca a OpenAI num campo altamente regulado, o que pode obrigar a empresa a criar novas parcerias ou até estruturas legais específicas. Mas o potencial é enorme: imagine conectar o ChatGPT diretamente a contas bancárias, plataformas de investimento e carteiras digitais, automatizando decisões de forma transparente e contextual.
A aquisição da Roi é mais um sinal de que a OpenAI quer mudar o que entendemos por serviço financeiro. Assim como ela redefiniu a criação de conteúdo e a programação com IA, agora pode transformar o modo como as pessoas cuidam do dinheiro, tornando a gestão financeira algo natural, conversacional e inteligente.
O IPO do PicPay vem aí
O PicPay se prepara para abrir capital nos EUA, buscando levantar cerca de US$ 500 milhões na Nasdaq, segundo a Bloomberg Línea. O movimento marca uma nova fase da fintech, que quer ampliar sua presença internacional e ganhar fôlego para competir entre os grandes players do setor.
Por trás dessa expansão estão os irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS. O IPO do PicPay reforça a estratégia dos Batistas de diversificar o império, saindo do agronegócio e consolidando presença também no setor financeiro.
O grupo já havia incorporado os clientes do Banco Original ao PicPay, ampliando a base e os serviços digitais. Agora, com capital global e visibilidade em Wall Street, os irmãos Batista dão um novo passo para transformar o PicPay em um braço financeiro internacional, num império que vai muito além da carne.
Data Center no Espaço
Jeff Bezos afirmou, durante o Italian Tech Week, que data centers em órbita são uma possibilidade nos próximos 10 a 20 anos, aproveitando energia solar contínua e eliminando limitações climáticas da Terra.
Segundo ele, clusters de treinamento de IA em grande escala seriam melhores construídos no espaço, onde o sol bate 24h por dia, sem nuvens, chuva ou noite, o que oferece vantagens de eficiência energética e refrigeração.
Ainda assim, há desafios enormes: custos de lançamento, manutenção orbital, falhas técnicas e substituição de hardware permanecem como obstáculos a serem superados.
Se viável, essa estratégia poderia redefinir onde e como operamos infraestruturas de computação em larga escala, tirando o fardo energético da Terra e abrindo caminho para modelos espaciais de nuvem e IA.