Bilhões da SpaceX, Farmacêuticas Chinesas, Youtube TV, Robôs da Xiaomi, Reciclagem do Waymo
Bom dia! Hoje é 8 de dezembro. Neste mesmo dia, em 2015, a Amazon fez a primeira entrega real com drone para um cliente, no Reino Unido. Apesar de ter sido um marco importante, essa modalidade de “frete” ainda não decolou de verdade.
Ao Alto e Avante
A SpaceX está mirando alto, muito alto. Fontes dizem que ela prepara uma venda de ações que pode levar sua avaliação a impressionantes US$ 800 bilhões, colocando-a (mais uma vez) no topo como a empresa privada mais valiosa do mundo.
O salto seria estrondoso: o dobro da avaliação registrada na rodada anterior, e um marco que ultrapassa gigantes como OpenAI, Netflix, Oracle… seria extraordinário ver uma empresa de exploração espacial beliscando o valuation de US$ 1 trilhão.
O plano não necessariamente envolve captação de novos recursos. A operação permitiria que funcionários e investidores vendessem parte de suas ações, dando liquidez a quem já aposta há muito tempo na empresa.
A SpaceX não vai apenas mirar as estrelas. Vai redefinir a ambição no universo dos negócios espaciais. Lembrando sempre que, por enquanto, não trata-se de explorar o espaço. Mas sim de colocar no espaço coisas que gerem valor aqui embaixo.
Farmacêuticas Chinesas
Durante um século, a descoberta de novos medicamentos foi quase exclusivamente no Ocidente. Mas o isso mudou. As gigantes conhecidas como “big pharma” agora encaram alguns dos maiores abismos de patentes da história, o momento em que os remédios perdem proteção e a receita simplesmente despenca.
Enquanto isso, a China acelera como ninguém. Depois dos EUA, já é o maior desenvolvedor de novas drogas do mundo. No ano passado, empresas chinesas lideraram cerca de um terço de todos os ensaios clínicos globais, um salto impressionante para quem tinha apenas 5% desse mercado dez anos atrás.
O que estamos vendo é uma mudança estrutural: capital, velocidade, escala e ambição concentrados em um ecossistema que decidiu competir com os líderes históricos. E está conseguindo isso numa velocidade impressionante.
Se essa curva continuar, a próxima grande revolução da indústria farmacêutica pode vir de onde poucos imaginavam. O futuro dos medicamentos, da inovação e talvez da cura pode estar atravessando o Pacífico.
A Mudança de Tela
O YouTube deixou de ser apenas um site de vídeos para se tornar, na prática, a nova televisão. Segundo Fede Goldenberg, executivo da plataforma, o movimento é claro e irreversível: o YouTube não compete com a TV, ele está engolindo a TV.
Hoje, a plataforma já corresponde a 12,4% de todo o tempo de televisão assistido nos EUA. A estratégia é agressiva: trazer estúdios tradicionais para criar conteúdo original diretamente para o YouTube e transformar criadores em verdadeiros conglomerados de mídia.
No entanto, especialistas alertam para um risco crescente de monopólio, em que o algoritmo decide o que funciona, o que morre e o ritmo insano que empurra criadores ao burnout. O poder está cada vez mais concentrado na plataforma.
Para o público, é a promessa de mais conteúdo gratuito e também a realidade de menos controle, mais anúncios e um entretenimento moldado por uma única força dominante. É a TV, sim, mas segundo as regras de um novo gigante.
Robôs na Indústria
O CEO da Xiaomi colocou um holofote no que está prestes a acontecer: os próximos cinco anos vão transformar a manufatura de forma radical, impulsionada pela IA. Nada de mudança lenta. Ele fala em velocidade, disrupção e impacto imediato.
Segundo ele, robôs humanoides serão parte central das operações industriais, reorganizando funções, etapas e decisões dentro das linhas de produção. O alerta é claro: empresas que não se prepararem agora podem ficar irreversivelmente para trás.
O discurso dele não está isolado. A fala casa perfeitamente com a estratégia nacional da China, que está acelerando a modernização das fábricas com tecnologias avançadas para competir no topo da cadeia global.
No fim, o recado é direto: o futuro da indústria não é apenas automático, é inteligente, adaptativo e profundamente redesenhado pelos algoritmos. E quem não correr para se atualizar corre o risco de não fabricar o próprio amanhã.
Reciclagem para Waymo
O carro autônomo do Google, o Waymo, foi flagrado ultrapassando ônibus escolares parados 19 vezes neste ano, segundo relatos do distrito escolar de Austin. Pela regra de trânsito americana, isso é proibido em algumas situações.
Depois disso, a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) abriu investigação e solicitou mais detalhes sobre o sistema de direção autônoma da empresa. Se fosse um motorista humano, iria para a reciclagem.
Como o “motorista” é um algoritmo, Waymo decidiu emitir um recall voluntário de software. Esse “reboot”, digamos assim, visou corrigir os erros de velocidade e parada indevidas ao lidar com ônibus escolares parados.
A empresa afirma que a atualização já melhorou o desempenho e que o sistema agora é mais seguro do que motoristas humanos nesses cenários. Contudo, a cada falha ou comportamento indevido, tudo precisa ser revisado.







