A nova loja de tudo? O movimento ousado do Itaú
O Itaú acaba de dar mais um passo que reforça sua posição como o banco mais inovador do país e talvez o mais ousado. Depois de se tornar o maior vendedor de iPhones do Brasil, superando a própria Apple, a instituição decidiu ampliar seu portfólio e mergulhar ainda mais fundo no universo da tecnologia de consumo.
A partir desta semana, o Itaú passa a vender os óculos inteligentes da Meta, desenvolvidos em parceria com a Ray-Ban. Custando a partir de R$ 3.299, o produto pode ser parcelado em até 18 vezes sem juros, um modelo de financiamento que transforma o banco em uma ponte direta entre o desejo tecnológico e o poder de compra do consumidor. Mais do que uma simples ampliação de catálogo, trata-se de um movimento estratégico com múltiplas camadas.
Por um lado, o Itaú está transformando o seu Itaú Shop em um verdadeiro marketplace de alto padrão, usando gadgets e produtos de tecnologia como vitrine e símbolo de modernidade. Por outro, está capturando o imaginário da inovação, posicionando o banco não apenas como um intermediário financeiro, mas como um curador de tendências tecnológicas. Quando o maior banco do Brasil decide vender óculos inteligentes, ele está sinalizando algo maior: que a próxima grande onda de consumo pode, de fato, vir da integração entre finanças e tecnologia pessoal.
Esse movimento também reforça uma tendência global: a das plataformas financeiras que se expandem para o comércio. Bancos e fintechs estão se transformando em ecossistemas completos, onde crédito, consumo e tecnologia se encontram. E toda vez que o mercado financeiro se organiza para vender um produto, é porque há uma oportunidade relevante, seja no crédito, nas margens de financiamento ou na construção de marca.
Ao dominar o mercado de iPhones e agora apostar nos óculos da Meta, o Itaú mostra que entendeu algo fundamental: no mundo atual, a confiança do consumidor é o novo canal de distribuição. E quem a possui, distribui o que quiser, inclusive tecnologia de ponta.
O Itaú não está apenas vendendo gadgets. Está vendendo futuro. E, neste caso, está dando uma verdadeira aula de como transformar um banco tradicional em uma marca que respira inovação.