Sucesso Tem Passado?
Vivemos uma tempestade perfeita onde até gigantes como a Apple enfrentam ventos contrários. A pressão pela reinvenção no campo da inteligência artificial deixa claro que o passado não garante o futuro. Sucesso não é patrimônio: ele se dispersa se não for renovado.
Neste ano, as ações da Apple caíram 15%, desempenho pior entre as big techs, e gerou apelos por uma troca no comando. Tim Cook, no cargo desde 2011, contrasta com Google, Microsoft e Amazon, que também se revezam em ciclos de liderança. Cada mandato conta um capítulo, mas nenhum é eterno: as cadeiras giram conforme as expectativas do mercado.
É preciso cultivar a cultura da curiosidade e da experimentação para navegar num cenário em constante mutação. Empresas que ousam antecipar a próxima curva investem em IA, robótica e em talentos multidisciplinares, e mantêm-se vivas mesmo quando o êxito anterior parece inalcançável.
Reconhecer as conquistas de ontem é importante, mas apegar-se às fórmulas antigas é convite ao fracasso. Ciclos se abrem e se fecham: quem liderou a revolução dos smartphones hoje busca a próxima grande revolução. A reinvenção não é um evento, mas um movimento contínuo, alimentado pela visão de futuro.
Então, pergunte-se: meu sucesso tem prazo de validade ou estou preparado para recomeçar? O verdadeiro legado de um líder e de uma empresa reside na capacidade de se transformar antes de ser obrigado a mudar. Sua próxima virada depende de quem aceita que o amanhã não pertence a quem descansou sobre o sucesso.
Tim Cook teve a dura missão de substituir Steve Jobs. Ele fez isso com sucesso e transformou a Apple numa empresa eficiente, vencedora. Mas se daqui para frente o mercado enxergar que esse ciclo chegou ao fim, não haverá sucesso do passado que garanta a Tim uma cadeira cativa no futuro da Apple.