Rolagem com os Olhos, IA Chinesa em Alta, Nvidia supera Apple, Meta contra a Solidão
Bom dia! Hoje é 15 de maio. Neste mesmo dia, em 1960, Theodore Maiman ligava o primeiro laser funcional da história — um marco que abriu caminho para tudo: da cirurgia oftalmológica à leitura de códigos de barras.
Rolagem ocular no Vision Pro
A Apple está testando um novo recurso para o Vision Pro: rolagem de tela com os olhos. O dispositivo detecta o movimento ocular e permite que o usuário role conteúdos sem mexer um dedo.
Esse avanço pode parecer pequeno, mas indica algo maior: a transição dos gestos físicos para comandos intuitivos. O Vision Pro, inicialmente visto como “iPad para a cabeça”, começa a evoluir para um verdadeiro dispositivo pós-smartphone — onde a interação se torna mais invisível, natural e fluida.
Se a Apple conseguir tornar essa experiência estável e confortável, abre caminho para interfaces baseadas em atenção — um novo paradigma que deve transformar desde publicidade até produtividade.
A economia da atenção está prestes a se tornar também a economia da intenção. Rolou com o olho? Comprou.
DeepSeek corre por fora
A startup chinesa DeepSeek está atraindo os olhares do mundo por desafiar o domínio da OpenAI. Com IA generativa de altíssima qualidade (DeepSeek-V2 e o agente R1), o agente já é usado em larga escala por empresas na China e cresceu mais rápido que qualquer concorrente nos últimos seis meses.
A DeepSeek representa o novo soft power da China: em vez de copiar, está criando. E fazendo isso com menos custo e mais velocidade. O modelo R1 foi treinado com apenas 2.048 GPUs — algo impensável para os padrões da OpenAI ou Anthropic.
Se a DeepSeek continuar nesse ritmo, veremos um “fork” da IA global: o mundo ocidental rodando modelos como ChatGPT e Claude; o mundo asiático rodando modelos como DeepSeek. E no meio? Quem dominar o chip e o dado.
Nvidia ultrapassa Apple
A Nvidia ultrapassou a Apple e se tornou a segunda empresa mais valiosa do mundo, atrás apenas da Microsoft. Agora vale US$ 3,29 trilhões.
Esse feito vai além do número: representa o início da Era do Hardware da IA. Durante anos, o software era rei. Agora, quem fornece o cérebro das máquinas assume o trono.
Isso muda a lógica dos investimentos. Se a IA é a nova eletricidade, a Nvidia é a nova Siemens. Mas também gera dependência tecnológica crítica: 80% das IAs comerciais no mundo rodam com chips da empresa.
Companheiros de IA
Zuckerberg revelou que a Meta está desenvolvendo companheiros de IA para combater a solidão. A ideia é criar avatares que entendam você, conversem com você, e ajudem em questões emocionais.
Zuck reconhece que “amizades foram destruídas” no processo — numa referência à substituição de interações humanas por assistentes digitais. Mas o foco está claro: transformar o feed em companhia.
Se o Instagram já molda a autoimagem de uma geração, imagine o impacto de uma IA que molda o afeto. Companheiros emocionais com agenda corporativa podem viciar mais do que qualquer rede social.
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