Robotáxis em Expansão, Musk em Tudo, Google entre Avanço e Restrição, IA Usando Livros e WhatsApp nos EUA
Bom dia! Hoje é 25 de junho. Em um dia como este, em 1678, nasceu Vitus Bering, explorador dinamarquês ao serviço do Império Russo — e responsável por revelar a geopolítica marítima do Estreito que hoje leva seu nome. Um lembrete de que o avanço da humanidade está sempre ligado àqueles que ousam explorar novas fronteiras. E, em 2025, essas fronteiras são digitais, algorítmicas e autônomas.
Robotáxis em Expansão pelos EUA
Uber e Waymo começaram oficialmente a oferecer corridas comerciais com robotáxis em Atlanta. Agora qualquer pessoa com o app pode, de fato, chamar um carro sem motorista humano. A mobilidade urbana está entrando em uma nova era, e o que parecia ficção científica se torna um produto disponível em mais uma grande cidade.
Não é só sobre transporte. É sobre o início de um novo paradigma econômico, regulatório e cultural: o carro como serviço autônomo. Enquanto países como o Brasil ainda debatem regulamentações para motoristas de aplicativo, os EUA aceleram em direção a um futuro onde não haverá motorista. Isso ameaça milhões de empregos, mas também inaugura um mercado trilionário de IA embarcada, sensores urbanos e redes de mobilidade inteligente.
A corrida já começou; e os dados, não o volante, serão o novo petróleo.
Musk: das ruas aos céus e ao cérebro
Elon Musk está desenhando um mapa silencioso, e poderoso, de infraestrutura global. Nesta semana, dois movimentos dele deixaram isso claro:
(1) a Tesla firmou um acordo estratégico para fornecer baterias de lítio à rede elétrica da China, e
(2) a Neuralink anunciou que, nos próximos 6 a 12 meses, começará testes em humanos com implantes cerebrais capazes de restaurar a visão.
No primeiro caso, o acerto com a China não é apenas um bom negócio de exportação, mas sim um passo geopolítico. Musk está posicionando a Tesla como fornecedora da estabilidade energética chinesa, oferecendo armazenamento de energia renovável em grande escala. Em tempos de guerra fria tecnológica entre EUA e China, essa aproximação chama atenção: um bilionário americano ajuda a otimizar o grid da maior potência rival dos EUA.
No segundo movimento, a Neuralink — empresa dele dedicada à fusão entre cérebro e computador — anuncia que pode devolver a visão a cegos totais. Testes em macacos já demonstraram que o chip cerebral é funcional, e os primeiros humanos devem ser implantados em breve. A promessa não é apenas médica. É simbólica: dar visão a quem não enxerga!
Ambos os casos mostram que Musk não quer apenas fazer produtos, ele quer moldar sistemas operacionais para o mundo físico e biológico. Ele está conectando energia, dados, cognição e soberania territorial numa rede de influência transnacional.
Gemini do Google ganha corpo… e resistência no Brasil
O Google lançou um novo modelo do Gemini, capaz de rodar localmente em robôs físicos. Isso reduz a latência, melhora a privacidade e abre caminho para robôs autônomos com IA embarcada. Menos nuvem, mais chão. A IA está saindo da tela e entrando no mundo físico.
Entretanto, no outro lado do mundo, o Google também enfrenta pressão judicial no Brasil. O STF pode responsabilizar as big techs pelo conteúdo publicado em suas plataformas. O Google já acena com a possibilidade de restringir sua atuação no país caso a decisão se concretize. O dilema é antigo: como regular sem sufocar a inovação?
O risco é o Brasil se tornar irrelevante no tabuleiro da IA por excesso de burocracia. E, em tecnologia, ficar para trás é quase sempre definitivo.
IA pode usar livros sem pagar? Justiça diz: sim, por enquanto…
Um tribunal federal dos EUA decidiu em favor da Anthropic, permitindo que a startup use livros para treinar IA sem autorização explícita dos autores. A decisão é temporária, mas representa um marco: o conhecimento pode ser extraído, mesmo sem contrato; desde que não seja diretamente copiado.
Esse precedente pode abrir uma avalanche de litígios entre editoras, escritores e empresas de IA. A discussão não é só legal. É ética e econômica. Quem lucra com a inteligência construída sobre o conteúdo de terceiros? E como remunerar os criadores nessa nova cadeia de valor?
É a batalha silenciosa da era algorítmica: dados públicos, privacidade e propriedade intelectual estão cada vez mais entrelaçados.
EUA proíbem WhatsApp em aparelhos oficiais
A Câmara dos EUA proibiu o uso do WhatsApp em dispositivos oficiais por considerá-lo um aplicativo de alto risco para segurança nacional. A decisão reacende o debate sobre vazamentos, criptografia e soberania digital.
Mais que uma restrição, é uma sinalização: mesmo apps populares estão sob escrutínio quando o tema é segurança de dados. Em um mundo onde governos e empresas usam os mesmos apps que adolescentes, as fronteiras da cibersegurança se dissolvem.
O alerta vale para todos: quanto da sua infraestrutura pessoal, profissional ou estatal está alicerçada em plataformas sem controle local?
Muito bom!!