Quem Escala Mais Rápido Vence — A Nova Economia Digital
Entre memes e milhões, o Morango do Amor mostra como plataformas de delivery estão se tornando verdadeiras infraestruturas de consumo massivo
Você piscou e o Morango do Amor virou um fenômeno nacional. Não foi na TV, nem no supermercado. Aconteceu no app do iFood e talvez você nem tenha percebido.
Em questão de semanas, um doce de quermesse que virou meme se transformou em produto de escala nacional. O que começou com 830 restaurantes cadastrados passou para mais de 10.300 pontos de venda, um crescimento de 1.140% na oferta.
Mais impressionante ainda: os pedidos pularam de 11 mil em junho para 275 mil em julho, somando mais de meio milhão de unidades vendidas em tempo recorde.
Esse não é apenas um case curioso de viralização gastronômica. É um exemplo poderoso de como infraestruturas digitais como o iFood estão se tornando motores de mercado, criando tendências e distribuindo capital em velocidade quase instantânea.
O que realmente aconteceu aqui?
O iFood não apenas observou uma tendência. Ele operou como um sistema operacional de consumo, ativando logística, visibilidade, cardápios e notificações para transformar uma ideia viral em receita real para milhares de parceiros.
O restaurante pequeno, a doceria de bairro, a barraquinha de rua… todos passaram a vender Morango do Amor com alcance nacional, sem precisar investir em marketing, branding ou expansão física.
A escala aconteceu sem o intermediário da indústria. Sem mídia tradicional. Sem prateleira.
Isso é infraestrutura invisível em ação.
A nova competição: quem escala mais rápido
Esse caso revela um novo tipo de concorrência: não entre produtos, mas entre ecossistemas.
O que importa agora não é quem tem o melhor morango, mas quem consegue:
Detectar a tendência mais cedo
Conectar oferta e demanda mais rápido
Distribuir com mais eficiência e menor atrito
E nisso, o iFood está jogando em um nível quase monopolista. Sua base de usuários, seu sistema de onboarding de restaurantes e sua malha logística permitem que qualquer moda se torne um mercado escalável em dias — ou até horas.
O iFood não vende comida. Ele vende distribuição
Muito além de um app de delivery, o iFood já se comporta como uma plataforma de expansão comercial plugável. Um restaurante entra no app e, do dia para a noite, passa a ter acesso a milhões de consumidores, visibilidade geolocalizada, sistemas de promoções dinâmicas e meios de pagamento prontos.
É como se o restaurante estivesse numa esquina de altíssimo tráfego — só que digital, em centenas de cidades simultaneamente.
E essa lógica tem implicações ainda mais profundas para o mercado:
A escalabilidade virou um ativo.
A viralização virou canal de vendas.
O algoritmo virou o novo gerente de expansão.
O Morango do Amor é só o começo
Hoje foi o morango. Amanhã pode ser um sanduíche, uma sobremesa de TikTok, um drink de verão, uma receita criada por IA. O importante não é o produto: é o sistema que o transforma em tendência escalável.
Plataformas como o iFood, Amazon, Mercado Livre, Rappi, Shopee e TikTok Shop estão se posicionando não como varejistas, mas como infraestruturas do comportamento de consumo.
E na economia digital, ganha quem entende que escala não é só logística. É relevância distribuída em tempo real.