O Nubank Está Amolando o Machado
David Vélez nunca escondeu sua ambição de fazer do Nubank uma big tech global do setor financeiro. Porém, também é sabido que o “jeito roxo” de fazer as coisas é na base do teste, da experimentação, do aprimoramento e, só depois, da escala.
É claro que o Nubank acelera rápido sempre, mas os movimentos são todos muito bem construídos, antes de cada “salto exponencial”. Esse método fica ainda evidente neste momento, onde o Nubank está reforçando áreas estratégicas.
Lembra daquela famosa frase “antes de cortar uma árvore, gaste bastante tempo amolando o machado”? Pois é... o Nubank está justamente fazendo isso. Inclusive, a visão de longo prazo da empresa facilita esse processo.
Existem duas áreas que são muito estratégicas para o Nu: o design de experiência, que se traduz na facilidade de uso do app; e na busca constante pela melhor tecnologia. Essas duas coisas são elementos fundamentais.
O primeiro movimento foi trazer Ethan Eismann, VP de Design que liderou essa área em empresas como Google, Adobe, Slack e Airbnb. E o movimento mais recente foi a contratação de Eric Young, que foi VP de Engenharia do Google e do Snap.
O Nubank foi buscar, no Vale do Silício, os “camisa 10” de cada posição, no movimento que claramente significa “amolar o machado” antes de dar início ao seu processo de escala global.
Sim, o Nubank já atua fora do Brasil, com milhões de clientes no México e na Colômbia. Mas esses países são “laboratórios” para a escalada para outros mercados. Estados Unidos, Europa... os sinais já foram dados.