O Lavador de Pratos por Trás da Nvidia
Jensen Huang não nasceu em berço de ouro, tampouco seguiu o caminho mais óbvio. Imigrante de Taiwan, foi enviado ainda criança para os Estados Unidos, onde estudou em um internato no Kentucky e começou a trabalhar cedo — lavando pratos e limpando banheiros em um restaurante Denny’s para ajudar a se sustentar.
Mais tarde, ele comentaria em uma palestra para uma turma de formatura na Universidade de Stanford: “Nenhuma tarefa está abaixo de mim. Eu já limpei mais banheiros do que todos vocês juntos — e alguns, simplesmente, não consigo esquecer”.
Essa humildade e senso de disciplina moldaram a trajetória de Huang. Depois de se formar em engenharia elétrica, trabalhou na AMD e na LSI Logic, até que, em 1993, fundou a Nvidia com uma ideia ousada: construir chips gráficos que pudessem simular o cérebro humano.
Durante anos, foi visto como um visionário fora do eixo, até que o mundo começou a se render ao poder da computação gráfica — e mais tarde, da inteligência artificial.
Hoje, a Nvidia é a empresa mais valiosa do mundo, avaliada em mais de US$ 4 trilhões. Seus chips são o coração da revolução da IA, usados por empresas como OpenAI, Google, Tesla e Amazon. Jensen Huang, que já lavou pratos e banheiros em sua juventude, agora figura entre as pessoas mais ricas do planeta, com fortuna estimada em mais de US$ 150 bilhões.
Mais do que riqueza, Huang construiu um legado. Ele é admirado por manter uma liderança próxima, vestir sua jaqueta de couro em eventos públicos e lembrar constantemente de onde veio. Sua história é uma prova viva de que não importa onde você começa — o que importa é o que você constrói com o que tem.
No mundo da tecnologia, onde tudo muda tão rápido, a trajetória de Jensen Huang é uma das poucas que resistem ao tempo: do lavador de pratos ao arquiteto da era da inteligência artificial.