Mudança no Delivery, Neymar da IA, Ozempic Genérico, Reviravolta Tech e Semáforos com IA
Bom dia! Hoje é 4 de agosto. Nesse mesmo dia, em 1961, nasceu Barack Obama, eleito 44º presidente dos Estados Unidos e o primeiro afro-americano a ocupar o cargo. Sua liderança teve impacto global em temas como diplomacia, inovação em saúde, energia limpa e regulamentação da internet.
Um Rearranjo no Delivery
A Meituan, plataforma de delivery chinesa, está prestes a estrear no Brasil. Essa é a maior ameaça ao iFood, devido ao tamanho da operação asiática. Enquanto o iFood entrega cerca de 1,4 bilhão de pedidos por ano, o Meituan faz mais de 30 bilhões.
Porém, desde o início do anúncio da chegada do Meituan, um elemento me deixava com uma pulga atrás da orelha: a Prosus, que é dona do iFood, também é (ou era) dona de uma fatia relevante do Meituan.
Então, esse movimento mostrava que haveriam dois caminhos: os chineses seriam a concorrência (mas nem tanto) do iFood ou a Prosus teria que se desfazer de um dos ativos. O segundo caminho foi o escolhido.
A Prosus tinha 5% da Meituan, mas está se desfazendo da participação. O número atual deve estar perto dos 3%, mas deve continuar descendo, até chegar a zero. Pelo menos é o que o mercado fiz.
O Neymar da IA
Até hoje, a transação mais cara da história do futebol foi a venda de Neymar, então do Barcelona, para o PSG, da França. O valor do negócio foi de US$ 257 milhões e chocou o mundo, pelo valor absurdo pago pelo clube francês.
Agora, estamos vendo um movimento muito interessante. Engenheiros de IA estão sendo contratados a peso de ouro. Alguns já foram recrutados por US$ 100 milhões. Porém, chegamos em um novo patamar.
O pesquisador Matt Deitke, de 24 anos, foi contratado pela Meta, de Mark Zuckerberg, por US$ 250 milhões. Ele vai se juntar ao time de Superinteligência da Meta, que está sendo montado pelo fundador da companhia.
Estamos realmente próximos de algo muito, muito relevante. Alguns dizem que a AGI - Inteligência Artificial Geral está muito próxima. Outros têm apostas diferentes. Mas é fato que ninguém investe tanto se não estiver vendo algo valioso no horizonte.
A Hora do "Ozempic” Genérico
Hoje começa a venda das canetas emagrecedoras genéricas no Brasil. Elas são fabricadas pela farmacêutica EMS e têm os nomes comerciais de Olire e Lirux. Elas têm a substância Liraglutida como princípio ativo, genérico do GLP-1.
Esse movimento só foi possível porque as patentes dos medicamentos originais expiraram. As referências são os medicamentos Saxenda e Victoza, ambos da Novo Nordisk, que também é fabricante do Ozempic.
O impacto do uso das canetas emagrecedoras já é conhecido. Muitos produtos alimentícios e até mesmo outras indústrias são afetadas quando uma parte grande da população usa esse recurso. O impacto vai desde supermercados até agronegócio.
Porém, até agora, com as canetas custando entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil, muita gente ignorava esse impacto no mercado. Com a chegada das canetas genéricas, vendidas por um terço do preço, a coisa vai ficar mais séria.
Reviravolta Bilionária
Há exatos 16 anos, um programador de software chamado Brian Acton foi recusado num processo seletivo de emprego no Facebook. Ao sair da entrevista, ele fez um post no antigo Twitter falando sobre o tema:
Cinco anos depois desta postagem, Brian voltou ao Facebook. Não mais para uma entrevista de emprego, mas sim para vender o WhatsApp, que havia fundado depois daquela decepção. O valor da transação foi de US$ 19 bilhões.
A mensagem de Brian é interessante. Ele não viu a recusa como um fracasso, mas como uma “ótima oportunidade” de conhecer pessoas relevantes. E demonstrou força e resiliência para ir para a próxima tentativa.
É por isso que eu gosto muito de uma frase de Nelson Mandela, que diz: “Eu nunca perco. Ou eu ganho, ou eu aprendo". Foi o que Brian fez. Ao invés de perder, ele aprendeu e foi mais forte para a “próxima aventura da vida”.
Semáforos com IA
São Paulo está dando um passo inovador na gestão de tráfego ao expandir o uso de semáforos com IA e borda amarela, os chamados “quick wins”, que já operam em mais de 900 pontos da capital.
Essa sinalização de última geração promete reduzir o tempo de espera no trânsito e tornar o fluxo mais dinâmico, sinalizando uma nova era de mobilidade urbana em que a tecnologia trabalha a favor dos cidadãos.
Equipados com sensores e câmeras, esses semáforos inteligentes capturam dados em tempo real sobre o volume de veículos e pedestres. Um pequeno computador processa essas informações e adapta automaticamente a duração dos ciclos de luz.
O impacto direto no dia a dia é significativo: a CET estima uma redução de cerca de 20% no tempo de parada. Além de diminuir os congestionamentos, os sistemas reagem rapidamente e oferecem a chamada “onda verde”, permitindo que motoristas atravessem múltiplos cruzamentos sem interrupções constantes.