Mamute Vivo, YouTube Hub, Robôs em Casa, Tombo da Nvidia, McDonalds Desbancado
A cada dia, uma nova tecnologia surpreende o mundo.
Quarta-Feiras de Cinzas, dia 5 de março. Para os “sobreviventes” do carnaval, trago aqui alguns dos fatos mais relevantes para o dia de hoje. Excelente dia pra você!
Mamute Bilionário
A Colossal Biosciences, startup que promete trazer de volta o mamute-lanoso, deu um passo inusitado: criou um “rato-lanoso”. O pequeno roedor foi geneticamente editado para ter características semelhantes às do extinto gigante.
Esse experimento não é apenas uma curiosidade científica. Ele valida a tecnologia de engenharia genética que pode ser usada para recriar espécies perdidas. O objetivo final? Trazer os mamutes de volta para restaurar ecossistemas do Ártico.
Acha isso bizarro? Pois saiba que a Colossal Biosciences já vale US$ 10 bilhões, tendo recebido seu último aporte em janeiro, no montante de US$ 200 milhões. E os investidores estão felizes com os avanços da empresa.
Porém, o ponto central aqui é: até que ponto devemos ir na ressurreição de espécies extintas? A ciência avança, mas as implicações éticas e ambientais ainda são incertas. Estamos recriando a natureza ou brincando de ser Deus?
Bom e ruim, ao mesmo tempo
Ontem eu fui convidado pela CNN para falar sobre a Nvidia. Há 1 mês a empresa valia US$ 3,5 tri. Aí apareceu o DeepSeek e o valor dela despencou em US$ 600 bi. Depois, ela apresentou seus lucros e o valor foi para US$ 3,5 tri de novo.
Agora, tombou para US$ 2,8 tri… Tudo é uma questão de expectativa. O mercado sempre faz projeções e quando o resultado fica abaixo, uma reação acontece. Não importa se o lucro veio em dobro, se ficou 1 dólar abaixo da projeção, o "bicho” pega.
O mesmo aconteceu com o Nubank, que apresentou R$ 12 bilhões de lucro em 2024, mas viu suas ações caírem mais de 20%. O “mercado” do mercado reage de forma emocional, movida pela especulação e ganhos de curto prazo.
Essa “montanha russa” das ações nem sempre leva em consideração o futuro. Aliás, existe um futuro possível onde IA seja menos relevante do que é hoje? Se a resposta é "não”, significa que a Nvidia vai continuar sendo muito relevante.
Robôs domésticos
A Figure AI, startup de robótica humanoide, está perto de captar US$ 1,5 bilhão. O investimento pode elevar seu valor para US$ 39,5 bilhões, com suporte de gigantes como Microsoft e OpenAI. E isso prova uma hipótese recente.
O interesse crescente por robôs humanoides mostra que a IA generativa é só o começo. Empresas agora buscam inteligência embutida em máquinas físicas, criando robôs para indústrias e versões capazes de atuar em ambiente doméstico.
Se essa tendência se confirmar, teremos um futuro onde humanos e robôs trabalham lado a lado. A questão não é mais "se" isso vai acontecer, mas "quando" e "quais setores serão os primeiros a sentir o impacto".
A Figure AI é uma das empresas mais avançadas (talvez a mais avançada) no projeto de ter um robô humanoide. A ideia da companhia é entregar as primeiras unidades para consumidores finais ainda em 2025.
Franquia chinesa
A Mixue Ice Cream and Tea, rede chinesa de fast food, superou o McDonalds e se tornou a maior rede de franquias do mundo. A empresa tem 45 mil lojas, espalhadas pela Ásia e Austrália. Como o nome diz, ela é especialista em sorvetes e chás.
Claro que o McDonalds é a rede de fast food mais famosa do mundo e muito maior em números financeiros, mas os chineses estão avançando em muitas frentes. Ocupar esse lugar de número 1 do mundo é algo relevante.
O McDonalds vem enfrentando desafios. Globalmente as vendas da empresa subiram bem pouco, quase mantando uma estabilidade. Mas nos EUA os números foram ruins. As vendas por lá caíram 1,4% devido a diferentes fatores.
Esse impacto vem principalmente de 2 fatores: a imagem ruim por conta de um surto de E. coli associado ao hambúrguer Quarter Pounder e ao aumento no consumo de Ozempic nos EUA, o que reduziu o tamanho dos pedidos.
Hub de Streaming
O YouTube está se preparando para vender assinaturas de outros serviços de streaming diretamente pela sua plataforma. A ideia é transformar o app em um grande hub de conteúdo, facilitando o acesso dos usuários.
Esse movimento segue a tendência de centralização que já vimos com a Amazon e a Apple. Em vez de assinar plataformas separadamente, os usuários poderão gerenciar tudo em um único lugar, sem precisar trocar de aplicativo.
Para as empresas de streaming, isso pode ser uma oportunidade para alcançar mais assinantes. Mas, será que os usuários vão gostar de pagar tudo pelo YouTube? Ou a fragmentação do entretenimento digital chegou ao limite?
Parece ser uma ação muito inteligente do YouTube, já que a plataforma tem mais de 2,5 bilhões de usuários. Concentrar várias assinaturas num único lugar parece óbvio, ainda mais com um “canal de vendas” gigantes como esse.
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Deixei esse artigo aqui para você. Ele ajuda a entender melhor a velocidade das inovações. Espero que goste da leitura.