IA no Tinder, Meta no Topo, Nova IA Chinesa e o Efeito Colateral na Nvidia
Sexta-feira, 7 de fevereiro! A semana chegou ao final, mas muita coisa ainda pode acontecer. Fiz um apanhado de sinais importantes para guiar o nosso dia.
Dobrou a Meta?
Quem não para de bater recordes de valor de mercado é a Meta. A empresa de Zuckerberg segue acelerando forte e o reflexo disso nas ações é imediato. A companhia vale US$ 1,8 trilhão, seu maior número.
Tudo isso se deve à capacidade que a empresa provou ter de gerar resultados. Você deve se lembrar que Mark Zuckerberg disse que 2023 seria o “ano da eficiência” e que agora, 2025, será o “ano da intensidade".
De todas as big techs, a Meta é a que está sempre apontando para cima, nos últimos meses. Todas as outras gigantes da tecnologia viram suas ações fazer um sobe e desce mais intenso, enquanto a Meta mantinha a rampagem.
Não preciso dizer que tudo isso é reflexo dos investimentos da companhia na inteligência artificial. O Llama, algoritmo da Meta, parece estar indo na direção certa e não foi abalado nem mesmo pelo DeepSeek.
IA no Tinder
A maior plataforma de relacionamento do mundo vive um problema: perda de usuários. O remédio para isso parece ser o uso de inteligência artificial para “dar match", conectar pessoas com os mesmos interesses.
Além disso, o algoritmo de inteligência artificial vai ajudar os usuários a escolher a foto que mais tenha possibilidade de chamar a atenção de pessoas interessadas. Tudo isso estava no relatório trimestral da companhia.
O Tinder tem 75 milhões de usuários atualmente, uma redução de 10% em relação ao período anterior. A receita da empresa foi de US$ 476 milhões nos últimos 3 meses do ano passado, abaixo do que o mercado esperava.
A monetização do Tinder acontece através dos planos de assinatura, compras de serviços dentro do aplicativo e também através de publicidade. Vamos ver se a IA consegue melhorar os resultados da companhia.
Chineses, eles de novo
A ByteDance, dona do TikTok, acaba de lançar outro algoritmo de inteligência artificial, agora focado em criar vídeos humanos ultra-realistas a partir de fotos e uma pequena amostra de voz.
Chamado OmniHuman-1, o algoritmo pode replicar gestos, movimentos e a voz de uma pessoa. Ele foi treinado com mais de 19 mil horas de vídeo, utilizando uma técnica chamada "treinamento de condicionamento de movimento multimodal misto".
A ByteDance informa que o download ou acesso online ao OmniHuman-1 ainda não está disponível, indicando que a ferramenta está em fases iniciais de desenvolvimento e testes. Mas é um avanço incrível.
Efeito colateral
As ações da Nvidia voltaram a subir forte. A empresa fechou o dia de ontem valendo US$ 3,15 trilhões. Contudo, podemos dizer que essa recuperação não se deu por seus “próprios méritos”, mas por um efeito colateral.
As outras big techs divulgaram seus resultados trimestrais nos últimos dias e uma coisa era comum nos relatórios: todas vão investir muitos, muitos bilhões de dólares em infraestrutura de IA (leia-se GPUs, principalmente).
Então, caso tudo continue indo nessa direção, é inevitável que a Nvidia mantenha sua valorização de mercado, dado que ela ainda é a grande fornecedora de tecnologia de ponta para o desenvolvimento dos algoritmos.
Interessante observar o comportamento das ações da Nvidia desde o lançamento do DeepSeek. Os movimentos - pra baixo e pra cima - são brutais. Centenas de bilhões de dólares sendo movidos todos os dias.
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Se você acha que o impacto da inteligência artificial é uma preocupação apenas das empresas, está enganado. Nós, humanos, seremos muito afetados. Contudo, existe um caminho para mantermos a nossa relevância. Leia abaixo.