Estoque da Tesla, Médicos da Microsoft, Energia para IA, O Sol Chinês e Navio da Louis Vuitton
Bom dia! Hoje é 7 de julho, segunda-feira. Foi nesse dial, lá em 2005, que o Google lançou oficialmente o Google Earth, um software com imagens de satélite, mapas em 3D e navegação global.
O Estoque Da Tesla Está Cheio
A Tesla está enfrentando um problema visível: os Cybertrucks estão se acumulando em estacionamentos, inclusive em áreas públicas como a de um shopping em Farmington Hills, Michigan. Mas o verdadeiro ponto aqui não é a logística — é a demanda. O veículo, que prometia ser revolucionário, parece não ter conquistado o consumidor como o esperado.
O Cybertruck nasceu como um símbolo de ruptura, mas sua estética radical e promessas ainda não totalmente entregues acabaram criando um abismo entre o marketing e a adoção real. Em um mercado que está ficando mais pragmático, o consumidor parece buscar menos “disrupção visual” e mais eficiência, confiança e usabilidade no dia a dia.
Além disso, o timing jogou contra a Tesla. Lançar um produto premium e polarizador num momento de retração econômica e aumento da concorrência — especialmente de montadoras chinesas com modelos mais acessíveis — criou um cenário em que o apelo do Cybertruck se restringe a nichos muito específicos.
O acúmulo de unidades em estacionamentos, e agora o incômodo das autoridades locais, são apenas sintomas. O diagnóstico é mais profundo: a Tesla precisa entender que o fascínio pelo “futuro” já não é mais suficiente. O mercado quer futuro, sim — mas um que funcione perfeitamente no presente.
Musk Comprou Uma Usina Inteira
Elon Musk está levando a sério a corrida da inteligência artificial. Sua empresa xAI, que criou o Grok, vai construir um super data center com 1 milhão de GPUs da Nvidia. Mas para isso funcionar, ele precisa de muita energia — tanta que equivale ao consumo de quase 2 milhões de casas nos Estados Unidos.
Para resolver esse problema, Musk tomou uma decisão ousada: comprou uma usina de energia no exterior e vai trazê-la inteira para os EUA. Assim, ele garante energia suficiente e sem depender da rede elétrica comum, que poderia não aguentar tanta demanda.
Outras gigantes da tecnologia, como Microsoft e Meta, também estão fazendo isso: buscando fontes próprias de energia para sustentar seus data centers de IA. A diferença é que Musk está indo ainda mais rápido — e com mais escala. A usina é do tipo que pode ser montada em poucos meses e fornece energia direto e constante.
Essa movimentação mostra que o futuro da IA depende não só de chips poderosos, mas também de muita energia. Quem quiser liderar essa nova era, vai precisar pensar como Musk: construir não só computadores — mas também a infraestrutura que os mantém vivos.
A Energia do Sol é Chinesa
A China está prestes a instalar cerca de 20 vezes mais energia solar do que os EUA em 2025. Enquanto os americanos adicionaram 9 GW no primeiro trimestre do ano e somam 248 GW no total, a China já projeta chegar a 1.080 GW até meados de 2025 — e isso muda o jogo da tecnologia global.
Com a inteligência artificial exigindo volumes cada vez maiores de energia, essa vantagem energética pode se tornar também uma vantagem estratégica. Eric Schmidt, ex-CEO do Google, alertou o Congresso: se nada for feito, a IA pode consumir até 99% da eletricidade disponível num futuro próximo.
A China está acelerando com usinas solares até sobre lagos, liberando espaço em terra para outros usos. Já os EUA enfrentam gargalos na rede elétrica, lentidão na implementação e dependência da China para 80% das importações de painéis solares — uma fragilidade clara.
Mais do que uma disputa energética, essa diferença mostra quem está se preparando para liderar a era da IA. Enquanto a China constrói a infraestrutura para alimentar modelos famintos por energia, os EUA correm o risco de ficar para trás — não só na energia limpa, mas no próprio futuro tecnológico.
A Junta Médica da Microsoft
A Microsoft acaba de apresentar uma IA médica que funciona como uma equipe de médicos especialistas debatendo cada caso — e os resultados são impressionantes. Em testes com 304 casos complexos, ela atingiu 85% de acerto, contra apenas 20% dos médicos humanos.
O sistema combina modelos como GPT-4, Gemini e Claude, que “conversam entre si” antes de dar o diagnóstico final. Essa abordagem colaborativa entre IAs imita o que acontece em centros médicos de excelência, onde várias opiniões formam a melhor decisão.
Além da precisão, a IA também reduziu os custos em 20%, evitando exames desnecessários. Em vez de exagerar nos pedidos, ela sugere só os testes realmente importantes — algo que pode transformar o atendimento, especialmente em sistemas de saúde sobrecarregados.
Especialistas já chamam isso de um passo em direção à “superinteligência médica”. Mais do que tecnologia, estamos falando de um novo padrão de cuidado: mais inteligente, mais eficiente e, quem sabe, mais humano naquilo que mais importa — salvar vidas.
Luxo Não é Só Produto
A Louis Vuitton inaugurou em Xangai sua maior ativação até hoje: uma megaloja em forma de navio, batizada “The Louis”. Com três andares, o espaço reúne um museu sobre as “Jornadas Visionárias”, um café temático inspirado em cabines de cruzeiro e uma boutique exclusiva.
Essa experiência imersiva conecta história da marca — dos tradicionais baús de viagem — à cultura portuária de Xangai. Elementos como um túnel com projeções da paisagem de Guilin e objetos históricos (como um baú-cama de 1986) reforçam esse diálogo entre passado e presente.
Ao investir num espaço tão grandioso, a Louis Vuitton entra na tendência de marcas de luxo que propõem experiências — e não apenas produtos. Outros grandes nomes como Gucci, Chanel e Ralph Lauren já trabalham conceitos semelhantes, incluindo cafés e restaurantes para aproximar clientes de forma sensorial.
O “navio” em Xangai é mais do que uma loja: é uma oportunidade de viver a marca, fortalecer laços emocionais e criar conteúdo viral. No mercado de luxo, experiências personalizadas, imersivas e instagramáveis valem tanto quanto o produto. Esse tipo de estratégia eleva a marca a um novo nível no engajamento com o público asiático — cada vez mais exigente.