Dos bilhões aos "multi bilhões": o salto de investimento das big techs
Em 2016, Microsoft, Google, Amazon e Meta somavam cerca de US$ 31 bilhões em CapEx. Para 2026, o número estimado salta para US$ 419 bilhões - um aumento de mais de 13 vezes em uma década.
Esse salto não acontece por acaso. Ele marca a passagem de uma era dominada por software em nuvem para uma nova era dominada por IA generativa, agentes inteligentes, modelos fundacionais, chips personalizados e data centers hiperotimizados. Cada uma dessas tecnologias exige infraestrutura massiva, cara e altamente especializada.
IA é o novo petróleo — e os data centers, as novas refinarias
Infraestrutura de IA hoje significa:
Construção e ampliação de hiper data centers;
Compra massiva de GPUs e TPUs (como os chips H100, B200 e equivalentes);
Instalação de sistemas de resfriamento líquido de última geração;
Integração com modelos fundacionais (LLMs), que demandam poder computacional astronômico;
Construção de redes privativas de fibra ótica e zonas de edge computing.
A IA não é apenas um novo produto. Ela virou camada fundamental da estratégia. Empresas como Microsoft e Amazon estão investindo em IA-as-a-platform, enquanto Google e Meta apostam em modelos próprios, e todos correm para liderar a próxima fase de plataformas digitais.
Comparando o salto individual
A Meta, que era a menor investidora em 2016, se torna uma das maiores. Isso mostra o quanto a visão de Mark Zuckerberg foi reposicionada da "rede social" para o "hardware + IA + realidade mista".
O futuro pertence a quem constrói a infraestrutura hoje
Estamos assistindo à formação de uma nova corrida armamentista digital. E, como sempre, quem controla a infraestrutura controla o jogo. O CapEx deixa de ser um custo de expansão e passa a ser ativo estratégico de sobrevivência e domínio.
Essas empresas não estão apenas construindo servidores. Estão construindo as rodovias pelas quais a próxima economia vai trafegar — onde agentes autônomos, robôs inteligentes, modelos personalizados e fábricas cognitivas serão a nova norma.
Como diria Jensen Huang:
"Preparem-se para uma nova era industrial — movida não por aço e carvão, mas por dados e algoritmos."