ChatGPT no Top 5: a internet deixa de ser buscada e passa a conversar com você
O ChatGPT acaba de entrar para o seleto grupo dos 5 sites mais acessados do mundo, ao lado de Google, YouTube, Facebook e Instagram. Mas há algo ainda mais importante que a posição: o que ela revela.
Ao contrário dos outros quatro — que distribuem conteúdo, conectam pessoas ou organizam informações — o ChatGPT não é uma vitrine. É uma ferramenta. E mais que isso: é uma nova forma de interagir com a web.
Antes, você buscava. Agora, você constrói.
O que está acontecendo é um salto de paradigma: a web, que nasceu estática (Web 1.0), depois se tornou social (Web 2.0), agora se torna cognitiva (Web 3.0) — mediada por assistentes que entendem, respondem, colaboram e criam com você.
A ascensão do ChatGPT é um sinal claro de que a internet está deixando de ser um ambiente de navegação passiva e se transformando num espaço de co-criação ativa.
O que isso muda na prática?
Para marcas, significa que SEO tradicional perde relevância. O importante não é aparecer na busca, é ser citado pela IA. Para plataformas, o conteúdo precisa ser útil e estruturado para agentes — não apenas bonito para humanos. Para usuários, o comportamento muda: você deixa de buscar no Google para conversar com um assistente. E o assistente vira seu novo navegador, seu novo front-end.
E o risco?
Quando um único canal concentra tanta mediação, ele se torna o novo gatekeeper. A IA que ajuda a decidir também pode induzir, filtrar ou priorizar. A neutralidade algorítmica será cada vez mais debatida — e regulada.
Mas uma coisa é certa: a internet da próxima década será muito menos sobre o que você procura — e muito mais sobre quem te ajuda a encontrar. E a “persona digital” que mais te entender será sua principal plataforma.
O ChatGPT não é só top 5. É o novo framework da web.
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