BYD no Mar, IA no Itaú, Toyota + Waymo, Recuo da Amazon e Cutucão do Zuck
Primeiro de maio, Dia do Trabalhador! Entramos no quinto mês de 2025 e agora é reta final para o semestre. Aproveite o feriado por aí e volte com energia total!
BYD nos mares
A BYD acaba de lançar o BYD Shenzhen, o maior navio automotivo do mundo! Com impressionantes 219,9 metros de comprimento e capacidade para transportar até 9.200 veículos, essa embarcação marca um novo capítulo na logística global.
Equipado com 12 conveses e um sistema de propulsão duplo que utiliza Gás Natural Liquefeito e combustível convencional, o navio alia eficiência energética à sustentabilidade.
O BYD Shenzhen iniciou sua primeira viagem internacional, partindo da China. Adivinha qual é a destino? O Brasil. Ele vem carregado de mais de 7.000 veículos elétricos e híbridos plug-in.
Este movimento reforça o foco da BYD com o mercado brasileiro, que se tornou seu maior destino fora da Ásia. Além disso, a empresa continua expandindo sua frota marítima, com planos de operar oito navios até 2026.
Itaú na IA
No Web Summit Rio, o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, anunciou o lançamento de assistentes de investimentos baseados em IA, com o objetivo de oferecer atendimento personalizado a mais de 70 milhões de clientes.
Esses agentes inteligentes, que começam a operar ainda neste trimestre, utilizam dados dos usuários e informações sobre produtos e serviços da plataforma de investimentos do banco para fornecer recomendações personalizadas.
Além, óbvio, de cumprir o objetivo acima, o uso de IA faz com que o banco seja mais competitivo e faça seu custo de servir os clientes cair. Isso é fundamental para melhorar margens, reduzir despesas e escalar a operação.
O Itaú está investindo forte em inteligência artificial e precisa fazer isso mesmo. Recentemente o banco inaugurou um centro de pesquisa em IA, em parceria com o MIT, Stanford, USP e outras universidades.
Toyota + Waymo
A Toyota, maior montadora do mundo, e a Waymo, empresa de carros autônomos do Google, anunciaram uma parceria estratégica para desenvolver uma nova plataforma de veículos autônomos e explorar a integração da tecnologia.
A ideia é combinar a expertise da Toyota em fabricação de veículos com a avançada tecnologia de direção autônoma da Waymo, que já realiza mais de 250 mil viagens autônomas por semana em cidades como São Francisco, Los Angeles e outras.
A parceria também inclui a participação da Woven by Toyota, divisão de inovação da Toyota, que contribuirá com sua experiência em software e mobilidade para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de assistência ao motorista e direção autônoma.
Com essa iniciativa, Toyota e Waymo buscam enfrentar a concorrência de empresas como a americana Tesla e a chinesa BYD, que têm liderado os avanços na área de veículos autônomos e elétricos.
Amazon recuou
A Amazon considerou exibir o impacto da guerra tarifária de Donald Trump nos preços de produtos em sua plataforma de descontos, Amazon Haul, mostrando como isso de fato afeta os consumidores finais.
No entanto, como você pode imaginar, isso não pegou bem lá na Casa Branca, que classificou essa atitude como “hostil”. Para não brigar com o presidente, a Amazon decidiu voltar atrás e ocultar essa informação.
A administração Trump argumentou que a iniciativa era uma tentativa de responsabilizar o governo pelos aumentos de preços, sugerindo que a Amazon estaria alinhada com interesses estrangeiros. Ou seja, a empresa ficou no corner.
Após uma ligação direta do presidente Trump para Jeff Bezos, fundador da Amazon, a empresa afirmou que a ideia nunca foi aprovada e não será implementada. O "morde e assopra” entre Trump e as big techs segue a todo vapor.
Objetivo oculto
A Meta organizou sua primeira conferência dedicada à IA, a LlamaCon, e apesar do clima de inovação, o evento teve um claro objetivo estratégico: minar a liderança da OpenAI no setor de inteligência artificial.
No palco, a Meta anunciou uma nova API para os modelos Llama e um app de chatbot próprio — uma resposta direta ao ecossistema fechado da OpenAI. Mas o ponto central não foi só técnico, foi político.
A Meta aproveitou a ocasião para reforçar seu discurso pró-open source, sugerindo que o futuro da IA deve ser construído com transparência, colaboração e liberdade para os desenvolvedores.
Zuck afirmou que modelos abertos, como o Llama, podem superar soluções fechadas como as da OpenAI. Ficou evidente que a LlamaCon serviu para dar um recado: a Meta está disposta a liderar a revolução dos códigos open source.
A Meta tenta se posicionar como o “player do bem” na corrida da IA e, ao mesmo tempo, enfraquecer a concorrência. Tão importante quanto reforçar suas fortalezas é expor as fraquezas dos adversários, na visão do Zuck.