Adeus à Oi, Wikipédia X Big Techs, Cheques de Trump, IA que Automatiza Apresentações e o Exército de Robôs de Musk
Bom dia. Hoje é 11 de novembro. Neste mesmo dia, em 1918, era assinado o Armistício que encerrou a Primeira Guerra Mundial, marcando o fim de um ciclo de poder e o começo de outro.
Guerras terminam, impérios mudam, mas o mundo continua sendo reconfigurado por quem consegue se adaptar primeiro. E hoje, falaremos justamente sobre isso: os sinais de mudança que estão diante de nós, para quem quiser ver.
O adeus da Oi e o recado silencioso para empresas que pararam no tempo
A Justiça decretou a falência da Oi depois de quase 8 anos de tentativas de recuperação. Uma companhia que já foi “campeã nacional”, protegida, incentivada e tida como símbolo de uma ideia de soberania industrial baseada em tamanho, monopólio e dívida.
Ela não caiu por “azar” ou “crise”. Caiu porque o mundo mudou e ela não conseguiu mudar junto.
Enquanto o setor migrava para fibra, serviços digitais e eficiência operacional, a Oi insistiu em estruturas pesadas, políticas lentas e uma lógica de mercado do século passado. A falência não é apenas a morte de uma empresa, mas um aviso direto ao mercado brasileiro:
o ciclo da proteção estatal e da ineficiência crônica não é eterno.
O jogo é sobre velocidade, adaptação e disciplina. No mundo da inovação, ninguém é grande o suficiente para não desaparecer. A queda da Oi não é um caso isolado: é um ensaio sobre quem será o próximo.
A Wikipédia pede: parem de raspar o meu conteúdo. A disputa real é por quem controla o conhecimento.
A Wikimedia Foundation fez um pedido (com cara de ameaça): empresas de IA devem parar de “raspar” o conteúdo da Wikipédia de forma gratuita e usar sua API paga. A justificativa pública é clara: cobrir custos. Mas o subtexto estratégico é outro: a Wikipédia quer preservar sua autoridade como fonte primária de conhecimento humano.
Modelos de IA precisam de material estruturado, curado e confiável para treinar. A Wikipédia é ouro puro nisso. Se empresas de IA passarem a depender oficialmente dela, quem controla a Wikipédia passa a controlar uma base crítica da formação cognitiva dos modelos.
Isso reposiciona a Wikipédia não como repositório cultural, mas como infraestrutura geopolítica da era da IA.
E infraestrutura não é gratuita.
Cheques de Trump: renda mínima disfarçada, ou só política eleitoral?
O plano anunciado pelo governo Trump de enviar cheques de até US$ 2.000 para famílias americanas, como “dividendos das tarifas”, levanta uma questão relevante: estamos vendo o primeiro teste prático de uma renda mínima universal em larga escala?
A justificativa econômica é populista, mas o desenho é emblemático: dinheiro direto, sem burocracia, pago pelo Estado, para compensar rupturas estruturais da economia. E a maior ruptura de todas está acontecendo agora: a automação acelerada substituindo trabalho humano em ritmo industrial.
Quando os empregos desaparecem por causa da IA, o Estado precisará decidir: deixar a sociedade se fragmentar ou redesenha as bases da economia?
Esses cheques podem ser a prévia de um futuro onde o trabalho não é mais o centro da renda. Se isso será sustentável, é outra história.
Gamma: apresentações criadas por IA e o desaparecimento do trabalho manual criativo
A Gamma, uma startup que produz apresentações automaticamente via IA, atingiu valuation de US$ 2,1 bilhões com US$ 100 milhões de faturamento recorrente. Ela não é apenas mais uma ferramenta de produtividade. É o fim de um tipo de trabalho inteiro: o trabalho de transformar ideias em slides, documentos, pitch decks.
O que antes levava horas de arrastar caixas de texto no PowerPoint agora leva segundos. Isso muda profundamente o fluxo de trabalho empresarial
Quem ganha?
É Quem pensa,
Quem interpreta,
e Quem decide.
O que a IA está consumindo não é apenas emprego operacional. Está comendo a fronteira entre pensar e executar. O diferencial humano passa a ser: qual é a tese que você está defendendo? Não como você a formata.
Musk e os robôs humanoides: um plano muito maior do que “substituir mão de obra”
Elon Musk afirmou que a prioridade da Tesla e do X agora é o desenvolvimento de robôs humanoides, o Optimus. O discurso público diz que eles vão substituir trabalhadores em tarefas repetitivas, mas nas Entrelinhas, há uma ambição maior: um exército de entidades físicas capazes de executar instruções digitais.
Se a IA controla software, mas não controla o mundo físico, o poder é limitado.
Se a IA passa a controlar máquinas que interagem com o mundo, o jogo muda completamente.
Estamos falando da criação de uma força de trabalho global replicável, barata e programável. Isso não é apenas sobre substituição. É sobre escala. É sobre a mão de obra que irá tomar o lugar de pessoas, deixando de lado a preocupação com fronteiras.
A “economia da força humana” pode acabar aqui.
Resumo Executivo:
• Oi: a falência mostra que quem não evolui morre, mesmo sendo gigante.
• Wikipédia x IA: disputa pelo controle do conhecimento como infraestrutura global.
• Cheques de Trump: prenúncio de uma economia onde trabalho não garante renda.
• Gamma: IA está eliminando o trabalho manual criativo, subindo o valor do pensamento estratégico.
• Robôs de Musk: início da automatização física da economia global.







