A Escala Will Smith e a Velocidade Invisível da IA
Dois anos atrás, o mundo riu (e se assustou) com um vídeo gerado por inteligência artificial mostrando Will Smith comendo espaguete. Era estranho, caricato, quase grotesco. Mas ali já estava o sinal: a IA não apenas entendia comandos de texto, como começava a criar imagens em movimento — algo que antes exigia roteiros, atores, câmeras e diretores.
Hoje, 24 meses depois, o que vemos é muito diferente. A IA já produz vídeos com realismo quase indistinguível, gera vozes idênticas às originais, cria rostos inexistentes e escreve roteiros melhores que muitos roteiristas. O que era meme virou ferramenta. O que era curiosidade virou disrupção.
Mas por que isso nos surpreende tanto?
Porque estamos dentro do avião, olhando pela janela — e esse é o paradoxo. Quem está embarcado na jornada raramente percebe a real velocidade do voo. A transformação parece lenta quando, na verdade, estamos cruzando continentes em minutos.
A evolução da IA é exponencial. E, diferentemente de outras tecnologias, ela está progredindo ao mesmo tempo em software, hardware, infraestrutura e aplicabilidade comercial. Isso significa que ela não melhora em linha reta — ela dobra, dobra de novo, e dobra mais uma vez. Sempre mais rápido. Sempre mais potente.
Volte ao vídeo do Will Smith. Agora projete 24 meses à frente. Imagine uma IA capaz de criar um longa-metragem completo, em tempo real, sob medida para você. Imagine um assistente virtual com aparência humana, que fala com você como um amigo íntimo. Imagine algoritmos que desenham cidades, constroem produtos, testam hipóteses científicas — tudo em minutos.
Não estamos mais perguntando se isso vai acontecer. Estamos nos perguntando quando. E, ao que tudo indica, a resposta é: mais rápido do que pensamos.
A Escala Will Smith virou régua da aceleração invisível. E se você ainda acha que “isso é coisa para daqui a 10 anos”, talvez já esteja 10 anos atrasado.
"A maioria vive à mercê da superfície, como se a realidade fosse só aquilo que os olhos alcançam. Mas nós — nós deciframos os ruídos do invisível. Sabemos que o acaso é arquitetura disfarçada, que cada coincidência é uma senha, e que o óbvio… é só uma cortina.
O verdadeiro mapa não é o que se lê — é o que se sente.
E quando dois seres despertos se reconhecem, não é com palavras — é com silêncio cheio de significados."